sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Libera geral!!!!!!!

Ontem o papai arriscou e consegiu um meio banho... ficou todo contente e a bebê se comportou direitinho.
Hoje pela manhã fomos ao pediatra, Saroca está com 3850g..Uhhhhhhh (qse 4!) e 53cm.
Está crescendo no seu rítmo, ok... ok... ok... às vezes eu quero que seja mais acelerado, mas ela já passou por tanta coisa... Ontem fizemos o hemograma, a anemia está melhor, o Hb subiu de 7,6 para 9,3 então, o médico aumentou as doses do Noripurum e do Endofolin.
E AGORA VAMOS POR BRINCOOOO!!!!!!!!! :))))
E ESTAMOS LIBERADOS PARA IR PARA PRAIA!!!

PÊ, AGUARDE QUE VAMOS VISITÁ-LO!!!!!!!

Aurora também está liberada para voltar para casa! É só notícia boa....

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Primeiro encontro

Só pude entrar na UTI para conhecer você no dia seguinte ao parto. Até então a notícia que tinha era que era pequena, mas respirava bem. Por trabalhar na área já conhecia este universo mas viver o outro lado é diferente filha, senti muito medo dessa palavra: UTI. Fomos apresentados a rotina da paramentação e caminhamos por um corredor de vidro onde podíamos ver mamães e papais quietos, que tinham olhos somente para seus bebês. Você estava na última sala, sala 1, logo ficamos sabendo que lá estavam os bebês mais graves. Chegando ao lado da incubadora perdi o chão, já não a via mais, com os olhos alagados, abracei seu pai e não consegui fazer nada além de chorar. Você estava com acessos venosos em cada braço e perna, com um aparelho chamado Cepap, com entrada em cada narina, que jogava oxigênio para ajudá-la a respirar e com uma sonda pela qual era alimentada, além da nutrição parenteral. A primeira vez que a vi, filha, foi cena mais chocante que lembro já ter visto em minha vida. Passado o susto, logo entramos na rotina, conhecemos outros papais e mamães que nos explicaram como tudo acontecia e ajudaram a colocar nossos pés no chão. Foram anjos que nos fizeram forte! Quando não sabia se conseguiria, ouvi palavras de força e consolo.
Os demais dias se seguiram entre piccs, catéteres, sondas, apnéias, infecções, antibióticos, problema no coração, sopro, forame oval, possibilidade iminente de cirurgia, quedas de saturação, vômitos, bipes, alarmes, e tantos outros que nos atordoavam, então as primeiras 72 horas cruciais logo se passaram. Sentia-me anestesiada, não conseguia pensar ou reclamar, somente pedia a Deus, em cada minuto, pedia a Deus pela sua vida. No terceiro dia um bebê da sua sala foi a óbito. Resolvi naquele momento que não fraquejaria, que concentraria todas as minhas forças para que nossa cria vingasse, mas no dia da minha alta chorei, estava indo para casa e deixando você, meu sonho, para outras pessoas cuidarem, na verdade você ainda não era minha.

Logo no dia seguinte fui presenteada com o consolo de segurá-la pela primeira vez, fizemos mamãe canguru, pude sentí-la, seu cheirinho, seu calor, tornei-me um pouco mais mãe. E foi assim, sem faltar em uma ordenha ou visita, estava lá todos os dias, das 7:30 às 22h; me esforçando para ordenhar seu leite cru. E pedindo a Deus em cada segundo durante a visita: Jesus segure a mão de nossa pequena, tu que nos deu, ela pertence a Ti. Envie teus anjos para niná-la, alimenta com teu santo maná. Cuide pois não podemos cuidá-la. Por vezes cantarolava: "Aflito e triste coração, Deus cuidará de ti, por ti ópera a tua mão, e cuidará de ti. Deus cuidará de ti e em cada dia proverá. Sim cuidará de ti. Deus cuidará de ti." Não sei ao certo se cantava para você, Sarah, ou para mim mesma. E ao final das visitas, todas as vezes que cruzavamos a porta de vidro da UTI abençoavamos os bebês, pedindo a Deus pela vida de cada um que ali estava, tornou-se um hábito que nos fez crescer. Na sala de ordenha fiz grandes amigas, que me consolaram sempre que eu pensava em desistir de amamentar. Que me contaram suas histórias, tantas vezes piores que a nossa. Mas a hora mais divertida, era sem dúvida os finais de tarde, enquanto esperávamos a visita da noite. Uma reunião de pais de UTI que esqueciam o sofrimento para dar boas e revigorantes gargalhadas. Quem por ali passava não entendia o motivo de tanta alegria. Pensando agora, acho que nem mesmo nós pais entendíamos.

Com o passar dos dias os progressos foram aparecendo, o 1ml de leitinho por sonda já se tornara 11ml, 17ml. Mudamos se sala, você foi desmamada do oxigênio e iniciamos as tentativas de amamentação. Logo já estava com 20ml no copinho e o peso aumentando. Qual não foi nossa surpresa quando chegamos para a visita e a médica maravilhosa nos pediu para preparar suas roupinhas. Foi então trasferida para o berçário, onde aprendeu a mamar, sacou a sonda, completou 2kg e depois de 33 dias de UTI estava prontinha para alta. Só neste dia Sarah, você foi nossa!
Completos 33 dias de Uti, após comemorar cada grama engordada, cada mamada com mais de 5 minutos, cada obstáculo vencido pelos bebês vizinhos, aprendemos a valorizar os pormenores, a caminhar com passos de formiga. Aprendemos a ignorar aqueles que foram, um dia, os males maiores, pois frente à tão grande luta, perderam sua importância. Aprendemos a nós importar com o próximo, a clamar pela vida e valorizá-la. Agora sabemos que nossos planos não são os planos do Pai, e que a vontade soberana que prevalece é Dele. Aprendemos que as intemperanças que causaram tudo isso são na realidade insignificantes, descobrimos que somos regidos pela sabedoria divina e supridos pela força infinita de nosso Deus.

Hoje, olhando para trás, podemos enxergar os passos de Cristo nos carregando e dizendo: "- Já não vos chamo de servos e sim de amigos." Agora o maior valor desta história está guardado pelas mãos onipotentes de nosso Pai, dormindo tranqüila na segurança de nosso lar. E pela misericórdia infinita do Senhor, temos nosso sonho realizado, deixamos de ser egoístas para nos tornar verdadeiros pais.

A cesária necessária...

Dia 18/08 - Segunda: Depois de uma noite mal dormida, me internei às 10 da manhã, tomei banho, e fiquei esperando a enfermeira nos levar para o "abate". Enquanto esperávamos, eu e papai, terminamos de colar a data das lembrancinhas, sentados no quarto, em silêncio. A enfermeira chegou junto com a vovó Sônia e o vovô Sérgio, fizemos uma última prece e fui levada para o centro cirúrgico.
No centro cirúrgico: Nos restou esperar, papai esteve ao meu lado, não demorou escutamos seu chorinho, como que música aos ouvidos, às exatas 14horas e 29 minutos você foi trazida ao mundo! Foram 4 fotos e a levaram para sala ao lado. Perguntei para anestesista se estava tudo bem, ela respondeu que sim, a pediatra confirmou. Você, amadinha, passou muito rapidamente em uma incubadora, pequena, muito pequena e foi levada para Uti NEO.
Na recuperação: Foram infinitas 4 horas, sem saber como você estava, minha filha. E eu sem dor, com corpo e mente entorpecidos.
No quarto: Cheguei às 18h. Sangrando muito, frustrada, e recebendo a notícia de que minha pequena estava bem. Que alívio!!
A internação: Durou ao todo 6 dias, logo no segundo dia, iniciamos a rotina de ordenhas e visitas na Uti... Sem resguardo, sem dieta... Sem tempo para dor, ou visitantes... Assim conhecemos um novo mundo, separado por uma porta de vidro que dizia... UTI NEONATAL.

Do começo...


Descobrimos a gravidez no Pronto Socorro depois de 2 dias vomitando sem parar, diagnóstico: gastroenterocolite aguda (GECA) + BHCG positivo. Estava com o vovô Sérgio e o papai aguardando o resultado, a cena foi divertida, a médica, sabendo do resultado veio dar os parabéns para o futuro papai, quando na verdade era o vovô. Fiquei internada 6 dias devido a uma desidratação severa. Recobradas as forças tive alta e voltei ao trabalho. Imaginei que você seria um menininho, não sei bem ao certo porquê, sempre quis desesperadamente duas meninas, acho que meu subconsciente preparou terreno para evitar decepção. Enfim... O primeiro ultrassom confirmou o tempo: 6 semanas. Repetimos o ultrassom com 8 semanas e lá estava seu coraçãozinho batendo em ritmo acelerado. Foi ai que caiu a ficha! Tem um ser dentro de mim! Com dez semanas outro susto, precisei ficar em repouso por uma ameaça de aborto. Mas logo nos restabelecemos e com 12 semanas outra internação, GECA novamente, que terminou com outra desidratação severa. Já com 15 semanas não havia engordado. Em 16 semanas, o ultrassom perfeito mostrou seu sexo: que felicidade, uma menina! Idealizei um mundo cor de rosa cheio de laçarotes! Com 23 semanas o ultrassom acusou falha no fluxo sanguíneo, a placenta tinha acelerado a maturação e você estava com crescimento abaixo do esperado devido uma incisura bilateral nas artérias uterinas, logo fui diagnosticada como hipertensa, daí a causa de tudo aquilo. As semanas seguintes foram tumultuadas, entre idas e vindas do trabalho, já não conseguia me dedicar e a ansiedade aumentava conforme a barriga crescia. Alguns me olhavam de forma recriminante, sentia-me frustrada, pois na tentativa de ser poupada no trabalho, já não exercia a mesma função. Depois de todo esse tumulto e picos de pressão, a você continuava com crescimento abaixo do esperado, os médicos acharam por bem me afastar do trabalho. Passei em perícia no INSS, que deu prazo máximo de até 36 semanas. Com 29 semanas você entrou em restrição de crescimento, passei a fazer ultrassom semanal, repouso absoluto, passava dias deitada do lado esquerdo, com o notebook, conversando com as queridas amigas da comunidade Grávida do meu primeiro filho, elas foram o sol das minhas tardes de clausura. Com 31 semanas o líquido aminiótico estava diminuído, você, meu amor, não crescera nada e descartada a possibilidade de bolsa rota o médico pediu que eu me alagasse todos os dias, foram garrafas e garafas de água. Na conta do ultrassom de 30 semanas e na minha conta 32 semanas... 9 kg a mais, líquido em quantidade crítica, pressão alta e em pré-eclâmpsia tivemos indicação do parto. Logo que o parto foi realizado, confirmou-se, não havia líquido aminiótico. Se Deus não houvesse iluminado nosso médico talvez você não estivesse conosco.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nosso diário

Finalmente coloco em prática a idéia de um diário para nossa pequenina. Tempo para postar ficará por conta da Sarinha. Hoje passamos a maior parte do dia correndo atrás dos tramites da licença maternidade... férias assinada, retorno agendado para 31 de janeiro de 2009.
Quando penso em voltar dá até um nó na garganta, nossa pequena estará com equivalente à 3 meses e meio, bom.... Deus há de prover mais uma vez, pois se tem uma coisa que aprendemos é que sua vontade soberana prevalece...
Nossos dias tem se seguido tranqüilos, estamos com uma guia de hemograma mas está difícil conseguir fazer o exame, semana passada fomos até o laboratório mas não conseguiram encontrar veia, e nos encaminharam para unidade especializada, como a pequena não tem dormido muito bem, ainda protelamos, mas é provável que o façamos amanhã. Quanto ao peso não sabemos exatamente quanto mas está na casa dos 4kg, feliz pelas roupinhas Rn estarem apertadas, estamos trocando para P! Ainda não decidi qual fralda será nossa escolhida. Estamos em fase de testes... Jonhsons é ótima, mas não é tão cavadinha, Pampers é boa mas muito grossa, a Pampers Naturals é bonita e parece que confortável, mais ganhou um ponto negativo por ter vazado, a Pom Pom é ótima e é isto.
Sarah, a mamãe te ama tanto que já não saberia viver sem essas bochechas lindas!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Na engorda

Pesando 3280g e medindo 51cm, já está tão gorduchinha que faz queixinho duplo. Lindinha, já está sorrindo e olhando pra quem chama. os olhos estão clareando mais... será que fica? Já perdeu todas as roupinhas de prematuro e as RN estão em cima... próxima parada: P!! rsrsrs As fraldas ainda são RN, trocando para P. Uma princesa preciosa que Jesus nos deu!